Sino dos ventos

quinta-feira, 4 de abril de 2013





A ILHA DE AVALON

Avalon é a ilha feérica acessível tão somente aos seres do Reino das Fadas e dos valentes cavaleiros que, por sua pureza e seu amor, serão dignos de ser admitidos nela. Entre outras maravilhas, se encontram nessa ilha as maçãs da imortalidade e eterna juventude, das quais se alimentam as fadas e seus amantes mortais.
Avalon é uma ilha puramente lendária ou teria existido realmente? Nos proporciona uma pista as narrações irlandesas, que veremos a partir de agora:
"Quando o rei Arthur, ferido de morte na batalha de Camlann, chega às margens do mar em companhia do cavalheiro Girflet, pede para que ele se afaste. Uma violenta tormenta se instala, depois aparece "sobre o mar uma embarcação com algumas damas. Uma dessas mulheres é a fada Morgana, irmã do rei. A barca se distancia, e se diz que foi direto a ilha de Avalon, onde ainda vive o rei Arthur, adormecido em seu leito de ouro." (A Morte do rei Arthur)

"A ilha das Maçãs também recebe o nome de Ilha Afortunada porque ali há todo tipo de vegetação natural. Os habitantes não precisam cultivá-la......As colheitas são abundantes e os bosques estão cobertos de maçãs e uvas.....A governam nove irmãs.....Dessas nove irmãs, há uma que se destaca sobre as demais por sua beleza e poder. Seu nome é Morgana, e ensina para que servem as plantas e como curar as enfermidades. Conhece a arte de trocar o aspecto de seu rosto, de voar pelos ares, como Dédalo, com a ajuda de plumas.....Para ali foi conduzido, depois da batalha de Camlann, Arthur, ferido..... Morgana os recebeu, com as honras que convinham. Fez que levassem o rei a seu dormitório, colocando-o sobre uma cama de ouro.....O velou por muito tempo e, finalmente, lhe disse que poderia recuperar a saúde se permanecesse com ela nessa ilha e aceitasse seus remédios."(Geoffroy de Monmouth, Vita Merlini, Jean Markale, L'épopée celtique en Bretagne, p. 120)
"Essa ilha rodeada pelo oceano não se vê afligida por nenhuma enfermidade. Não há ladrões, nem crimes. Não há neve, nem bruma, nem calor desmedido. Reina nela a paz eterna. Jamais faltam flores....nem os frutos nas folhagens. Os habitantes não têm defeitos, sempre são jovens. Uma virgem real governa essa ilha, a mais bela entre as belas." (Guillaume de Rennes, Gesta regum Britannie)

A ilha no meio do Oceano, que tem toda a aparência de paraíso, é um símbolo facilmente explicável: seria a imagem da vida intra-uterina projetada no espaço e deslocada do passado reminiscente ao futuro intemporal. Nela não existe morte nem enfermidade. Os frutos, principalmente a maçã são naturais e abundantes. Se desconhece a velhice.
Essa é a famosa "Idade do Ouro" que habita a imaginação do homem há milênios, é o estado placentário do feto protegido pelo calor do corpo da mãe, alimentado por ela, em um mundo fechado: um vergel, uma gruta, uma ilha, uma fortaleza, onde ainda não se distingui o Bem do Mal, a vida psíquica consciente.
Essa ilha é a ilha das Maçãs, como o Éden era o Vergel das Maçãs, como o Jardim das Hespérides continham "Maçãs de Ouro". O nome de Avalon, que tem seu equivalente galês na palavra Avallach, procede da palavra celta que significa "maçã" (bretão e gaulês "aval", compara-se com inglês "apple" e em latim "malum").
Os antigos manuscritos irlandeses evocam Avalon mediante nomes reveladores: Tir na Nog (País da Juventude), Tir Innambeo (País dos Viventes), Tir Tairngire (País da Promessa), Tir Naill (O Outro Mundo), Mag Mar (A Grande Planície), ou também Mag Mell (A Planície Feliz).
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A VIAGEM DE BRAN
O reino encantado de Avalon não era, como já reforçamos, só era acessível para os elfos, as fadas e por alguns mortais privilegiados. Esses mortais eram eleitos pela rainha do País dos Imortais, que lhes entregava, como viático, uma rama de prata de uma maçã sagrada, ou também uma maçã da juventude colhida dessa mesma árvore. O presente da rainha não servia unicamente de passaporte, mas também de alimento e bebida para os mortais que a acompanham. Muitas vezes, a rama de maçã produz uma música tão apaziguadora que os mortais que a escutam esquecem todas as suas preocupações e que cessa apenas quando os levam às fadas.
Assim foi quando um dia Bran, filho de Febal, escutou uma estranha música enquanto passeava só perto de sua fortaleza. Essa música era tão encantadora e tão enfeitiçante que caiu em profundo sono. Quando acordou, descobriu ao seu lado uma rama de prata coberta de flores brancas. E essa prata era tão branca que era impossível distinguir a rama das flores. Bran pegou a rama e a levou consigo a seu palácio real, onde esperava seus convidados. Entre eles observou a presença de uma mulher que emanava uma estranha radiação. Como e quando havia chegado ali, ninguém sabia. Porém todos a ouviram cantar:
Eu trouxe uma rama de maçã de Emain
Com seus raminhos de prata branca
e flores de cristal.
Existe uma ilha distante,
Em torno da qual os cavalos do mar resplandecem
e competem com as ondas brancas de espumas.

Quando havia terminado sua canção, que contava de uns duzentos versos, a rama de prata que Bran tinha firmemente presa em sua mão soltou-se e foi para na palma da mão da misteriosa mulher, que no mesmo instante desapareceu do mesmo modo que havia chegado.

Ao outro dia, enfeitiçado pelo encanto feérico que pesava sobre ele, Bran organizou uma expedição de navegação e partiu em direção ao sol poente em busca da ilha onde vivia a misteriosa mulher.
A Ilha das Mulheres, para onde se dirigiu o herói Bran, recebe o nome de Emain Ablach, e os poetas falam das maçãs que são encontradas ali e como sendo o doce lugar onde habitava o Deus dos mares Manannan Mac Lir. Pelo caminho, Bran encontrou o Deus em seu carro mágico flutuando sobre as ondas do oceano. Ele explicou a Bran que regressava a Irlanda depois de séculos de ausência.
Quando atracou na "Ilha das Mulheres", Bran e seus companheiros, foram recepcionados pela rainha das fadas, que os atracou por meio de um novelo de fio encantado a fim de distrair-los durante um período de tempo que não lhes pareceu superior a um ano, porém na verdade durou vários anos. Bran começou a sentir saudade de sua terra natal e pediu a rainha autorização para partir até a Irlanda. A rainha aceitou, com a condição que nenhum dos membros da tripulação pisasse em terra firme antes de ser espargido com água benta. Em sua impaciência de voltar a estar em seu país, um dos membros da tripulação de Bran violou esse tabu pisando prematuramente no solo de sua terra natal: imediatamente, seu corpo caiu reduzido em cinzas, como se tivesse vários séculos de idade.
Quando Bran, depois da bênção ritual, pode por fim regressar a sua casa, não encontrou nela nada que pudesse reconhecer. E quando contou sua história, alguns responderam que haviam ouvido falar da viagem da Bran, porém que se tratava de uma velha história que se remontava a vários séculos atrás.
A VIAGEM DE MAELDUIN (Irlanda):
"Atrás de muitas aventuras e descobrimentos maravilhosos no mar, Maelduin e seus companheiros chegam a uma ilha, onde são recebidos pela Rainha e suas dezessete filhas. Os dezessete homens e as dezessete jovens dormiram juntos, e Maelduin ficou com a Rainha. Pela manhã, a rainha disse a Maelduin:
-"Fiquem aqui e a velhice não te alcançará E, o que aconteceu essa noite acontecerá todas as noites."
Seduzidos pela maravilhosa perspectiva ficaram dos três meses de inverno, e lhes pareceu que esses três meses haviam durado três anos. Porém bateu a saudade de casa. Embarcaram às escondidas, porém a rainha lançou um novelo de fio encantado ao barco. Maeldin o suspendeu, mas ele ficou preso em sua mão. A Rainha não teve mais do que puxar o fio para fazer o barco regressar ao porto. Então ficaram três vezes três meses na ilha, até que embarcaram de novo. A rainha lançou o novelo e um marinheiro o recolhe. Cortam-lhe a mão, que cai ao mar junto com o novelo. Então a Rainha começou a lamentar-se e a gemer de tal maneira que toda a terra se encheu de gemidos e desespero." (Análise de Jean Markale, L"épopée celtique d'Irlande, pp. 196-202)
Essa última narração se trata de uma outra versão da mesma lenda. A Viagem de Bran é mais antiga, mas é fácil reconhecer nessa lenda celta o mito de Ulisses com Circe. A diferença está que Ulisses, por ser grego, era mais desconfiado com respeito as divindades femininas, pois era a imagem do homem das sociedades masculinas mediterrâneas. Ulisses era na realidade, um tipo racionalista e paternalista, que tinha medo do que se sucedia nas regiões mais profundas do inconsciente, que tem medo da mulher, porque sabe que a "Mulher" tem o poder de privá-lo de sua força e virilidade, de fazê-lo regressar ao mundo da infância maravilhosa, à um mundo onde o tempo foi abolido.
O herói celta, já é menos prudente, pois não tem medo de ser "desvirilizado" pela Mulher. Nem mesmo o herói cristão têm medo de ingressar nessa aventura, justo o contrário.
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O PARAÍSO CELTA

Emain Ablach era uma das ilhas do arquipélago atlântico, que se ampliava em direção ao sol sem limites conhecidos.
Segundo Plínio o Velho (Naturalis História, XXXVII, 35), os teutões, povo celtizado , comercializava como os habitantes da ilha de Abalum, na atualidade Oesel, na costa oriental do Báltico. Nessa ilha vivia um povo chamado "Abul", e dito nome, como o de "Abalum", como da ilha italiana "Abella Malifera", procedem da mesma raiz de Avalon.
O que deve ser destacado é que os celtas haviam situado seu paraíso abaixo de uma jurisdição que escapa totalmente da organização paternalista que, apesar de certas particularidades era sua. A ilha de Avalon, ou sua correspondente gaélica Emain Ablach, está regida por mulheres em torno de uma organização matriarcal.
Podemos então perguntar: seria essa ilha a reminiscência de uma época anterior onde a sociedade era governada por Mulheres, ou seria unicamente uma mera projeção dos desejos inconscientes de "regressus ad uterum"? Talvez essa pergunta fique sem resposta, mas de qualquer forma, o mito da "Ilha das Mulheres", não é uma criação literária da Idade Média, nem de autores franceses de relatos da Távola Redonda, pois existem testemunhos da autores da antiguidade grega e latina que atestam o contrário:
Pomponio Mela (Chrografia, III, 6):
"Frente as costas celtas, se elevam algumas ilhas que tomam, em conjunto, o nome de Casitérides, porque são muito ricas em estanho. A de Sena, situada no mar Britânico (a Mancha), frente a costa de Osismi (Finisterre Norte), é famosa por um oráculo gaulês cujas sacerdotisas, consagradas mediante uma virgindade perpétua, se diz que são nove. Recebem o nome de "gallicenas", e lhes atribuem o poder extraordinário de desencadear ventos e tempestades com seus encantamentos, de metamorfosear-se em tal animal ou tal outro, segundo seu desejo, de curar os males considerados incuráveis, e finalmente conhecer e predizer o futuro; porém, reservam seus remédios e suas predições exclusivamente àqueles que tenham viajado e navegado só com o objetivo de consultar-lhes."
Estrabão (Geografia, IV,4):
"No oceano, não em pleno mar, sim em frente a embocadura de Loira, Posidônio nos assinala uma ilha de pouca extensão onde supostamente habitam as mulheres dos Namnitas. Ditas mulheres, possuídas por um furor báquico, buscam, mediante mistérios e outras cerimônias religiosas apaziguar ou desarmar ao Deus das Tormentas. Nenhum homem põe o pé em sua ilha,e são elas que passam ao continente todas as vezes que desejam comerciar com seus maridos."
Segundo a narração, Pomponio Mela, escritor e geógrafo ibérico romanizado, as mulheres que habitam a dita ilha, são semelhantes às Vestais, Virgens. Já Estrabão, dando continuidade ao pensamento de Pomponio, as considera como Bacantes que praticam comércio com os homens. Entretanto, o que se confirma aqui é que essa ilha paraíso é uma tradição muito antiga cujo vestígio reencontramos inclusive no folclore.
A ilha de Sena, apesar de Pomponio situá-la na Mancha, talvez seja a ilha de Sein. Os druidas eram enterrados nessa ilha, sem dúvida, esse rito procedia do mito da Ilha das Mulheres. Inclusive havia-se tentado localizar Avalon na ilha de Aval, perto de Trébeurden (Côtes-du-Nord) e na Grã Bretanha, na ilha de Mon (Anglesey) e, por último, na abadia de Glastonbry, no meio dos pântanos. Segundo a tradição pagã, é em Glastonbury que estaria o antigo sítio da etérea ilha de Avalon.
Hoje esse local é uma cidade movimentada, com centro comercial em meio a pradarias e planícies. Porém ,há muitos séculos, a comunidade encerrava-se em uma ilha, cercada por pântanos que, depois foram drenados. Seu antigo nome celta era Ynys Witrin, ou ilha de vidro.

Segundo a lenda, o cristianismo chegou até Glastonbury, através de José de Arimatéia, o homem encarregado de enterrar Jesus. Com ele vieram doze missionários e o Santo Graal, o cálice que Jesus teria bebido na Última Ceia. Uma pequena igreja de taipa, no século XII, teria sido erguida por José e seus seguidores.

José de Arimatéia
Durante a Idade Média essa igreja, com sua coleção de relíquias sagradas e sua fama de ter sido a primeira igreja católica construída na Bretanha, transformou-se num afamado lugar de peregrinação.
Glastonbury é dominada por Tor, um cone extraordinário de mais de 152 metros de altitude, visível de todas as direções em um raio de 30 quilômetros. Tor, mais se parece com uma pilha ctônica de terra, elevando-se da planície sobre a qual se assenta. Em torno de suas encostas os terraços construídos pelos homens formam um imenso labirinto que se enrosca até o topo. Alguns pesquisadores acreditam que esses caminhos tortuosos foram projetados para a prática de rituais pagãos, na pré-história.

O Tor é coroado pela torre em ruínas dedicada a São Miguel, um célebre caçador de dragões e inimigo dos espíritos do mal. Os monges medievais erigiram a igreja com o intuito de cristianizar o local e erradicar seus vínculos com reis e Deuses pagãos. Segundo uma lenda celta, a entrada para Annwn, a morada subterrânea das fadas, pode ser encontrada através de túneis e câmaras naturais localizados debaixo do Tor. Seria através desse portal que Gwynn ap Nudd, rei das fadas, teria partido em caçadas selvagens para encontrar e roubar os espíritos dos mortos. Conta a lenda que São Collen, um errante homem santo galês, se introduziu no interior da Tor e tentou exorcizar o governante de Annwn, Gwyn, com sua corte de fadas.

Gwynn ap Nudd
Inúmeras lendas locais sugerem uma conexão entre Arthur e o Tor de Glastonbury. Em uma delas Arthur vai a Annwn para roubar das fadas o caldeirão mágico da abundância. Em outra, resgata Guinevere da colina, na qual foi aprisionada pelo rei Melwas de Somerset.

Essa história pode ter sido baseada em fatos históricos, pois recentemente os arqueólogos descobriram provas de que sobre Tor erguia-se uma cidadela na Idade Média e que havia indícios da presença de um rei vivendo ali na era arturiana.
Os mitos de Glastonbury, tanto os cristãos como os aparentemente pré-cristãos, asseguravam que a tumba de Arthur não representava seu fim. Foi absorvido por uma mística avalonica baseada em sua sobrevivência e ressurreição.
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CRONOS/ARTHUR

Nos fala Plutarco em seu "De defectu oraculorum (XVIII)": "Segundo Demétrio, entre as ilhas que rodeiam a Bretanha...algumas recebem seu nome de demônios e heróis...Atracou próximo a uma dessas ilhas desertas....Á sua chegada, se manifestou uma grande agitação no ar, acompanhada de inúmeros sinais celestes. Os ventos sopraram com estrépido e em muitos lugares caíam raios. Ao regressar a calma, os habitantes lhe disseram que havia produzido um eclipse de algum ser superior....Ali, encontrava-se Cronos adormecido, vigiado por Briaré. Ao seu redor, há um grande número de demônios, que são seus servos".
Também de uma ilha do Norte do mundo, segundo textos irlandeses, procedendo dos Tuatha De Danann,e ali haviam aprendido a ciência da magia, o druidismo, a sabedoria e a arte.
É interessante ressaltar, que segundo Plutarco, Cronos está "adormecido" na dita ilha. Não podemos esquecer que Cronos, o antigo Deus Pai, foi destituído por seu filho Zeus e foi castrado por ele. Arthur também foi ferido por seu próprio filho incestuoso Mordred ("Medraut"), e sabemos que a ferida, para um rei, em geral significa realmente "ferida infamante e que não permite reinar", portanto, ferida que causa impotência sexual, como sucede com o Rei Pescador na lenda do Graal.
O estado de Cronos, igual ao de Arthur, que está em estado de adormecimento esperando uma melhor hora para regressar, nos indica que se trata de uma equivalência entre sonho-morte desenvolvida em um sentido notoriamente psicoanalítico: o sono é o que segue ao orgasmo, também chamado de estado de beatitude inconsciente (estado de nirvana) que marca o retorno à vida intra-uterina.
Por outro lado, o que é a vida e o que é a morte? O limite entre os dois estados é uma força imprecisa. Sandor Frenczi ("Thalassa", p.147) destaca que " talvez a morte absoluta não exista; talvez incluso no inorgânico estão presentes, dissimulados, os germens da vida e as tendências regressivas. Então, deveríamos abandonar definitivamente a questão referente ao início e o fim da vida, e deveríamos imaginar todo o universo orgânico e inorgânico como um vai-e-vem incessante entre as tendências da vida e da morte, onde nem a vida nem a morte chegarão jamais a reinar sós."
O certo é que, o germe da crença da continuidade do rei Arthur é algo que está profundamente enraizado na natureza humana. É devido à sua imortalidade, à mística que envolve a ilha de Avalon, que goza da qualidade implícita de continuar ainda potencialmente "aí", como agradaria a muitos que ocorresse com suas épocas douradas; e a predição de seu retorno expressa sua força para voltar a despertar.
Hoje, poucos são os que acreditam literalmente na sobrevivência do rei Arthur e em sua época dourada.
Mas...., todos somos Édipos que nos encontramos com a Esfinge numa cidade morta. A Esfinge é um ser feminino, obscuro, oculto e representa nosso inconsciente que nos fará algumas perguntas. Entretanto, seremos incapazes de responder-lhe, pois somos cegos, ou seja, não queremos ver as respostas que se impõem. As perguntas que serão feitas são perguntas sobre nós mesmos. Será que teremos que esperar que um dia o ser humano, seja homem ou mulher, se digne a abrir os olhos e reconheça o que há nele, o que atua nele?
Quando esse dia chegar..., nos daremos conta que a Deusa jamais deveria ter sido deixada de ser adorada.

Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO

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