Sino dos ventos

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Acabei de me despedir de uma amiga. A que citei na mensagem matinal. Ela voltou pra casa. Não me senti triste, me senti só impotente. O que me conforta é que pra onde voltamos no fim de um ciclo, seja ele longo ou curto, o lugar é ilibado, livre de dor, sentimentos ruins, sofrimentos, julgamentos, decepções, tristezas. Despedidas são sempre estranhas. Não gosto de velórios, enterros como a maioria das pessoas também não deve gostar, mas às vezes é necessário o choque de realidade. Compreender que tudo é físico e finito neste plano. Os nossos pensamentos e virtudes são os legados definitivos. Minha amiga, como muitos de nós, tinha problemas, defeitos, frustrações, mas foi uma mulher bonita, de coração bom, que tinha sede de felicidade como poucas pessoas. Agora ela partiu pra casa num acidente tolo, sem sentido que lhe tirou o viço. Ver seu corpo adormecido me fez pensar na ausência de dor física e na leveza da alma já sendo amparada em algum lugar inimaginavelmente reparador. Hoje me despedi de uma amiga, mas foi só um "até qualquer dia desses".

Possamos todos amar e fazer o melhor que pudermos todos os dias. Deem atenção àquelas pessoas que sofrem, não subestimem as dificuldades de ninguém. Cada um tem sua história. Se você é rico, pobre, empregado, desempregado, preto, branco, feio, bonito, casado, solteiro, religioso, ateu, saiba que vai um dia morrer e, como não dá pra saber quando, aproveite e use com sabedoria cada minuto evitando-se mágoas, picuinhas, invejas, indiferenças, arrogâncias.

Hoje me despedi de uma amiga. Até qualquer dia, Tânia. Esteja sob os melhores cuidados possíveis porque você precisa e merece. Vá com serenidade e encontre a paz tão necessária.

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