Sino dos ventos

sábado, 19 de maio de 2012


Então, eis que me pego pensando vez ou outra em coisas diversas. Sim, eu penso. Às vezes em coisas corriqueiras, outras vezes em coisas que parecem ter pouca importância. Daí me atento que tudo que pensamos é importante. É maravilhoso pensar e não  “pensar que pensa”, entendem?
Pois então, estava aqui com meu pentagrama e meu pingente de pedra da lua (estou com blusa sem botões), pensando no que é ser livre.
Já pararam para avaliar a palavra liberdade? Complexa, eu diria. Há o conceito básico de que é livre todo aquele que não está preso a nada....dã....óbvio demais. Liberdade é uma palavra empírica. Há muitos solteiros, por exemplo que não são livres, há muito presos em calabouços (palavrinha antiga nem sei se existe ainda, mas é uma palavra atemporal e literária, convenhamos) que são absolutamente livres.
O que é ser livre? Eu tenho meu conceito absolutamente particular. Não sou detentora de verdade alguma, contudo sou detentora da MINHA verdade, pois é a que me cabe, a que se encaixa em meu “modus vivendi”. Eu sou livre. Mas não porque posso ir e vir, ou porque tenha me separado há anos, ou  porque tenho a chave do meu apartamento, mas sim porque eu vejo, sim vejo o que tem que ser visto. Olho por cima de muros, por baixo de pedras, através de janelas que faço questão de desembaçar, olho para dentro das pessoas, olho dentro de mim mesma, vejo atrás de nuvens, através da lua, da bruma, da chuva, através da carne e miro o coração. Descobri que sou livre porque não há lugar onde eu não possa ir, mesmo sem sair do lugar. Isso é ser livre. É colocar “por meus cornos acima e afora da manada”, como diria Caetano. Sou uma profana, afinal.
E amo ser quem sou, agir como ajo...amo ser verdadeiramente livre para pensar. Aí está a verdadeira liberdade. Ninguém tem o direito de tirar isso de mim. A liberdade física pode ser tirada a qualquer momento e diversas formas, mas a liberdade psíquica jamais.
Meu texto inspirado hoje em liberdade apareceu porque me deparei com uma conversa entre amigos que diziam que bastaria não estar na cadeia ou não ser casado para ser livre. É óbvio que eu, aquariana doida que sou, discordei de ambos e aí começou a história que me inspirou em escrever a esse respeito neste exato instante. Gosto de dividir minhas coisas com vocês entre uma atividade e outra. Lê quem quer, quem tem paciência, quem não acha meus textos maçantes. E bem que eu, de certa forma marco cada um de vocês quase que obrigando-os a ler, impedindo-os de serem livres para lerem o que quiserem..rs..rs Entendem o espírito da coisa.
Depois de tanta falácia minha vontade é de desejar a cada um de vocês além de muito amor meu, um dos maiores bens que temos: a liberdade. Pensem. Sejam livres. Olhem para si mesmos e libertem-se.
Amo vocês (disso jamais estarão livres, sinto informar..rs)

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