Água que meu corpo lava,
Mata nossa sede que é vida,
Banha a terra ressequida,
Seca a roupa, traz a lavra.
Água é sangue branco, puro,
Lava as veias, nutre a pele,
Quando bate na telha, juro
Que é choro de saudade.
Nos olhos molha a dor, dói,
Dentro do abismo interior,
Qual rio poluído e destrói,
Cada partícula em redentor.
E com furor aos desmandos,
Traga na areia seu lamento,
Pontos boiam com espantos,
Ó mar em fúria, ó desalento!
Quando esta fonte divina
Transformar-se em impureza,
H20 natural que se defina,
Outro criador, com certeza,
Na terra não haverá igual.
Água potável, inodora,
Seja prioridade existencial,
Ó água da fonte criadora.
Sonia Nogueira
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