Dizem que para o amor chegar não há dia, não há hora, nem momomento marcado para acontecer. Ele vem de repente, se instala no mais sensível dos nossos orgãos, o coração.
Começo a acreditar que sim, mas percebo também, que pelo fato deste momento não ser determinado pelas pessoas, quando cehga, quase sempre os sintomas são arrebatedores. Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram, o que realça primeiro não é a aparencia física, mas a semelhanca das almas. Elas se compreendem e sentem falta uma da outra. Se entristecem por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente. No entanto, sabem que o caminho é este e que não haverá retorno para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes. Quando almas afins se entrelaçam, passam a sentir saudade uma da outra num processo contínuo de reaproximação até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro, toda emoção contida à espera do encontro fatal.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis, mas que são tão simples de viver. Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar, brigar às vezes, mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial. Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente.
Porém, muitas vezes elas se encontram em um tempo, em um espaço diferente do que suas realidades possam permitir. Mas depois que se encontram, ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar. E o mais importante: terão que se encontrar em algum lugar. Almas que se encontram, jamais se sentirão sozinhas, por quanto entenderão, por si só, a infinita necessidade que têm uma da outra para toda a eternidade.
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